O ylang-ylang, conhecido como a "flor das flores", é uma espécie nativa da Ásia tropical. Esta árvore pode exceder os 20 metros de altura, entretanto, em cultivos comerciais, costumam mantê-las entre dois ou três metros para maior produtividade e facilidade de colheita. Possui galhos caídos e flores amarelas de pétalas longas, cuja fragrância pode ser sentida a longa distância. Até 1990, as Filipinas detinham o monopólio comercial mundial e, por isso, a planta era chamada às vezes de “jasmim dos pobres”.
É uma flor com forte reputação de ser afrodisíaca. Na Indonésia há o costume de decorar o leito dos recém-casados com as flores de ylang-ylang, de modo a perfumar sua união íntima.
Tradicionalmente, a casca e as flores são utilizadas em casos de malária, asma, pneumonia, problemas estomacais, depressão, ansiedade, coceira, caspa, dores de cabeça, conjuntivite, gota, reumatismo, febre e como afrodisíaco.
Das suas flores é extraído um óleo essencial muito valorizado pela perfumaria e aromaterapia. O óleo de ylang-ylang, inclusive, está presente em perfumes das empresas Chanel e Guerlain.
Na aromaterapia é muito empregado em casos de depressão, ansiedade, insônia, taquicardia, hipertensão arterial, picadas de insetos, irritações cutâneas e como afrodisíaco e repelente de insetos.
Sua composição química inclui lignanas (canangalignana I e II), terpenoides (canangaterpenos I, II, e III) e flavonoides. Um interessante estudo de 2014, de Matsumoto e sua equipe, demonstrou que dois terpenoides contidos no extrato das flores de ylang-ylang apresentam potencial de redução da formação de melanina. Portanto, essas duas substâncias isoladas das flores de ylang-ylang podem ser promissores agentes terapêuticos em casos de manchas da pele. No entanto, são necessários mais estudos para confirmar este interessante benefício.