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Proteção Solar : Perguntas frequentes respondidas por dermatologistas

Os questionamentos, mitos, verdades e dúvidas sobre proteção solar, principalmente a mineral, são ainda muito frequentes.  Sabemos que à medida que pesquisas e estudos avançam, mais informações (ou dúvidas!) aparecem.

Neste quarto e último artigo da série sobre Proteção Solar, recorremos a duas dermatologistas parceiras, que se especializaram em dermatologia natural para responder perguntas frequentes de quem quer saber mais sobre proteção natural. São elas, a Dra Luiza Archer e Dra Patricia Silveira.

E se você ainda não leu os 3 artigos anteriores (links aqui, aqui e aqui), aconselhamos que leia também. Não tem uma ordem certa, pode começar por aqui. Mas achamos importante ler os 4 artigos para poder se proteger com saúde e escolher o protetor solar físico ideal para você, sua família ou sua loja.

  

FAQ sobre Proteção Solar

 

  • Os protetores solares químicos e físicos são, ambos, eficazes e seguros?
    A eficiência dos protetores solares é garantida, independente da forma de proteção (química ou física), desde que sejam feitos os testes exigidos pela Anvisa. Porém, estudos recentes apontam que os protetores solares físicos são mais seguros.Segundo a Dra Patricia Silveira, os filtros físicos, também chamados de minerais, são menos alergênicos e geram menos processos inflamatórios na pele. Por isso, quando são totalmente naturais, podem ser usados por qualquer pessoa. “É uma proteção solar muito saudável e democrática. Pode ser aplicada em crianças, pessoas idosas, peles sensíveis ou com tendência a alergias.”Em contrapartida, muitos filtros químicos são associados a toxicidade e bioacumulação, agindo como disruptores endócrinos. Além disso, há um potencial risco dessas substâncias para os ecossistemas aquáticos.

 

  • Como escolher um protetor solar?
    As dermatologistas Dra Luiza Archer e Dra Patricia Silveira são unânimes: a melhor opção é dar preferência a protetores solares físicos naturais – ou minerais, como esses produtos também são chamados.Mas por que é importante se atentar ao fato de ser natural? Além de evitar contato com filtros químicos, que não são seguros, também deve-se ter cuidado com o acúmulo de outras substâncias potencialmente nocivas, como conservantes e fragrâncias sintéticas.Entre as opções de filtros físicos naturais, outros fatores interessantes de analisar são as características dos protetores. “Para peles oleosas e acneicas, priorizar produtos oil free, não comedogênicos e com toque seco. Já para peles secas ou maduras, um produto mais hidratante funciona melhor”, explica a Dra Luiza Archer.

 

  • Qual é o FPS mais indicado?
    Para o dia a dia, em que a exposição ao sol é indireta, as dermatologistas consideram o FPS 30 suficiente. Já em situações de exposição direta e intensa, como praia, piscina e esportes ao ar livre, pode ser avaliada a necessidade de um fator de proteção mais alto, até 50.Segundo a Dra Patricia Silveira, os filtros solares com FPS 30 protegem contra 96% dos raios solares, enquanto no FPS 50, a proteção sobe para 98,8%. Ou seja, é uma mudança pequena na efetividade da proteção para um aumento expressivo no FPS. “Quando você pega um protetor 80 ou 90, é necessário combinar diversos filtros químicos e físicos para chegar a um FPS tão alto. Na minha opinião, a baixa variação no percentual de proteção não justifica a alta toxicidade do produto.”

 

  • Quando usar protetor solar?
    De modo geral, o uso de filtro solar deve ser diário. Nas atividades cotidianas, os protetores físicos em creme no rosto protegem da exposição indireta. Já em contato direto com o sol, os produtos em bastão são mais indicados, porque formam uma película que adere melhor à pele.No caso de exposição do corpo, como em praia ou piscina, o protetor solar precisa ser aplicado em toda a extensão da pele e, além disso, recomenda-se ficar na sombra.Em ambientes fechados, o uso de filtro solar é mais indicado, por precaução, para pessoas que têm tendência a manchas ou melasma e passam muito tempo em frente ao computador, que é uma fonte emissora de luz azul.

 

  • O protetor solar impacta na absorção de vitamina D?
    Atualmente, há divergências em relação a esse aspecto. A princípio, a síntese de vitamina D só aconteceria com a pele exposta sem filtro solar e, preferencialmente, no período do dia em que o sol está mais forte. Porém, já estão sendo publicados estudos mostrando que a absorção do nutriente ocorre mesmo com o uso de protetor solar.

Vale lembrar que os benefícios do filtro solar justificam o uso diário. Para manter os níveis adequados de vitamina D, existe a opção de repor o nutriente via oral, que é a sugestão da Dra Luiza Archer. “Com a situação em que está a camada de ozônio, a exposição solar é muito maior do que a nossa pele está naturalmente preparada para receber. Também estamos vivendo mais, então, temos mais tempo para desenvolver danos.”

 

  • Os filtros solares físicos deixam a pele esbranquiçada?
    Como os filtros solares físicos formam uma barreira física, é normal que deixem a pele com aspecto esbranquiçado. Para contornar essa questão, diversas marcas oferecem protetores com cor, embora ainda seja um desafio atender a diversidade de tons de pele no Brasil.Outro recurso desenvolvido pela indústria para reduzir o efeito chamado de “white cast” foram as nanopartículas de óxido de zinco e dióxido de titânio. Mas, como moléculas tão pequenas podem ser absorvidas pela pele, há sérios questionamentos sobre a segurança e a efetividade dessas substâncias na proteção solar.As moléculas micronizadas, amplamente usadas pelas marcas, ainda podem deixar resquícios de esbranquiçamento (caso não haja pigmentação), embora a tecnologia sensorial já tenha evoluído desde o lançamento do primeiro protetor solar físico natural do Brasil, em 2019.Para a Dra Patricia Silveira, o fato de o filtro solar físico não ser totalmente transparente pode ser visto por um lado positivo: quando a pele perde a película branca, ou o pigmento do produto, está na hora de reaplicar o protetor. “Precisamos assumir que o filtro solar perfeito, com a cosmética perfeita, ainda não existe e não sei se um dia vamos alcançar isso.”

 

  • Por que os protetores físicos são mais caros do que os químicos?
    A explicação está nas matérias-primas utilizadas nos protetores solares físicos. Primeiramente, as substâncias que bloqueiam a radiação solar são importadas e mais caras do que os filtros químicos. Além disso, as fórmulas são enriquecidas com outros componentes, como manteigas e óleos vegetais e extratos de plantas, agregando características de tratamento aos produtos. Nas resenhas dos produtos no LAB você irá encontrar a composição de cada formulação, com link de cada ingrediente para seu descritivo no BEAUTYPEDIA, a enciclopédia da beleza limpa. Assim, você saberá todos os demais benefícios do protetor solar que escolher.

 

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